terça-feira, 11 de maio de 2010

Manuelzão - Edições nº 27 e 28

Edição 27 - Junho/2004

100 Anos de Manuel Nardi (o Manuelzão), inspirador do Projeto
A reportagem capa desta edição traz um breve relato da visita da jotnalista Louradian Larsen à casa onde morava Manuel Nardi - personagem de Guimarães Rosa e que deu nome ao projeto - e que se tornou o Museu Memorial Manuelzão em jul/2003. A casa fica em Andrequicé, povoado do município de Três Marias. A descrição da casa é uma verdadeira viagem ao interior de Minas, elemento constante na obra de Guimarães Rosa.

Resíduos Sólidos - Quanto lixo você produz e qual seu destino final?
A matéria mostra a preocupação com a destinação final do lixo produzido, principalmente aqueles dispostos em lixões sem qualquer cuidado com as condições ambientais do local. Uma das preocupações do Projeto Manuelzão é que os aterros não sejam a principal solução para acomodar o lixo, devendo ser usado em dimensões menores e recebendo resíduos que não podem ser reaproveitados. Foi feita, ainda, uma análise do aterros sanitário de Belo Horizonte. O seu esgotamento é um exemplo de que outras posturas devem ser adotadas no gerecnciamento dos resíduos. Foram citadas medidas da Prefeitura para diminuir a quantidade de resíduo a ser aterrado, como o aproveitamento de entulho de construção civil por meio de duas usinas que reciclam esse material para ser reaproveitado em obras realizadas pela PBH (pavimentação de ruas por exemplo). Na segunda parte, foi destacada a parceria entre o Manuelzão e a Feam cuja objetivo é estabelecer estratégias de melhorias na destinação final do lixo em municípios da Bacia do Rio das Velhas.

Não ao desperdício - projetos de reaproveitamento de água
A reportagem aborda algumas técnicas simples que permitem reaproveitar a água de forma racional. Como exemplo são citadas as barraginhas - escavações na terra que formam bacias secas para reter água das enxurradas - que também evitam a erosão do solo e assoreamento. Essa técnica tem sido muito usada em regiões do Baixo Velhas e Também no Vale do Jequitinhonha, de acordo com a Embrapa, que também dá apoio técnico às populações interessadas. Outra maneira de reaproveitamento destacada é a reutilização de água de chuva que pode ser coletada e armazenada em reservatórios construídos no subsolo, sendo reusada para fins de jardinagem, lavagem do terreiro.

Canalização - Em debate, as interferências em cursos d'água
O assunto é abordado em um editorial e em uma reportagem. Relata-se que a canalização de rios e córregos é prática recorrente apesar dos impactos ambientais e custos elevados de manutenção. Representantes do Crea e Copasa elencam uma série de inconvenientes trazidos pela canalização (impermeabilização, aumento da velocidade da água, dificuldade em se fazer manutenção). O projeto de canalização não pode, no entanto, ser impedido de receber o licenciamento se estiver dentro das especificações técnicas e legais (CMMA's e FEAM's). Há a sugestão dos parques lineares como forma de se salvar os cursos d'água.

Outras reportagens
Avanços do projeto Meta 2010 através de parcerias com governo estadual, prefeituras, entidades, fundações e empresas particulares; Moradores da zona rural de Funilândia, junto à Emater, lutam para preservar as nascentes e revitalizar a bacia do Ribeirão Jequitibá (afluente do Velhas); A estação do inverno junto ao aumento da emissão de poluentes aumenta o número de doenças; Lançamento de Livro e Projeto Cultural sobre o Córrego da Baleia/Navio para conscientizar a população


Edição 28 - Setembro/2004

Monocultura do Eucalipto: risco ou solução?
A reportagem mostra as principais vantagens e desvantagens do manejo do eucalipto. São escutados diversos especialistas que trazem opiniões divergentes sobre o tema. Por fim, o projeto Manuelzão considera que para serem feitos plantios de eucalipto, as regiões devem se avaliadas amplamente, a fim de garantir a conservação dos ecossistemas e a sustentabilidade hídrica das bacias.

Contaminação por arsênio
No processo de beneficiamento do ouro, o rejeito possui o arsênio-pirita. A mineradora Anglo Gold e órgãos públicos divergem sobre as causas do elevado nível de arsênio no ribeirão Cardoso em Nova lima. Foi feito um termo de ajustamento de conduta que prevê a solução deste problema.

Agricultura Orgância
A reportagem traz à tona a discussão havida à época para regulamentar a agricultura orgânica. Há um retrato da forma como são feitas as certificações no Brasil, de forma participativa através de empresas e ONG's orientadas pela lei 10.831. É destacada também a necessidade de se certificar também não só a produção, mas o processamento e a distribuição de tais alimentos.

Outras reportagens
Urbanismo precisa ser revisto: crítica, essencialmente, ao excesso de áreas impermeabilizadas e asfaltadas nas áreas urbanas de BH; Medicina além do consultório: relato das experiências durante a disciplina Internato Rural, em que alunos de Medicina da UFMG atendem às populações de áreas rurais no interior de Minas. Interessante notar a relação entre medicinas, assistência médica, qualidade de vida, questões sanitárias, educacionais e ambientais.

Reportagem Comentada (edição 27 - jun/04)
Na edição 27 há um artigo de Isabel Regina de Souza Pereira sobre a canalização de rios. Acho o tema muito interessante e atual, além de ter relação direta com os temas e o trabalho realizado na Oficina. A chamada para mudança de paradigmas feita pela autora é ponto crucial. A revisão de práticas - canalização, impermeabilização, retificação de cursos - que vieram na onda do crescimento desordenado deve nortear o trabalho de urbanistas, arquitetos e engenheiros. Além disso, é importante também concentrar esforços para limpar os nossos rios e ribeirões. A reflexão proposta é o primeiro passo para ações que melhorem a saúde de nossas cidades.

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